segunda-feira, 10 de abril de 2017

"Quando não souberes o que fazer pensa no que não queres para ti. "

"Quando não souberes o que fazer pensa no que não queres para ti. "

Este foi sem dúvida o melhor conselho que alguém, muito especial para mim, me deu um dia. Na altura esta mensagem chegou porque estava numa relação que indubitavelmente me estava a destruir. Mas isto aplica-se  em tudo na vida.

É mais fácil definir metas quando listamos as coisas que não queremos para a nossa vida, do que começar pelo que queremos, pois muitas vezes temos necessidade de mudar mas não sabemos por onde começar.

Este conselho foi me dado há muitos anos atrás quando lutava para que uma relação de anos funcionasse, mas não tinha ainda chegado à conclusão que era a única que estava a lutar por isso. Sabem quando todos os que estão à vossa volta vêem que a relação onde estão não está a funcionar mas não conseguem perceber isso, embora esteja à vossa frente todos os indicadores óbvios de que é tempo de dizer "chega"? Foi o que me aconteceu, até que alguém se chegou ao pé de mim e perguntou "porque é que estás numa relação onde notoriamente não és feliz?" A minha resposta era óbvia "Não sei, mas eu gosto dele" . E eis que chega o conselho sábio "Se não sabes o porquê, pensa no que não queres numa relação  e principalmente no que não queres para o teu futuro e depois reflete se vale a pena ou não continuar a lutar. "

Esta mensagem ficou-me até hoje. Depois de pensar no que não queria, percebi que o que não queria era precisamente aquilo que eu tinha na altura. Não queria estar numa relação onde não existisse partilha, confiança, cumplicidade, etc.

Às vezes temos de parar para refletir embora custe enfrentar a realidade. A verdade é que o tempo não pára e só se vive uma vez. Para quê bater na mesma tecla vezes sem conta se o que recebemos é sempre espaços em branco?

Para quê continuar, por exemplo, num trabalho que não nos realiza profissionalmente? É verdade que o dinheiro faz falta, há contas para pagar, há responsabilidades que não podemos descartar, etc. Contudo porque não paralelamente apostar em algo que gostamos até abandonar o que nos está a matar por dentro? Há sempre formas de mudar o que nos faz infeliz. Não é apenas uma questão de perspectiva. Trata-se principalmente de uma questão de introspecção e de avaliação. Avaliar o que não queremos e pensar em alternativas que nos completem enquanto não podemos mudar o que realmente nos destrói.

Resolvi partilhar este conselho não só para ajudar quem esteja a passar por momentos semelhantes, como também para me recordar dele.  Sinto que estou novamente neste limbo entre o viver e o sobreviver.

Carpe Diem

domingo, 9 de abril de 2017

Para onde vou?




Ando sem inspiração para escrever. Nem sempre as palavras fluem como gostaria, embora dentro da minha mente as palavras corram de um lado para o outro em alvoroço mas desencontram-se a meio do caminho. 

Sempre tive blogs , já conto com um historial imenso de blogs, desde pelo menos 2004. Agora fazendo as contas já passaram 13 anos. Como é possível?  Ainda era uma miúda cheia de sonhos, e o conteúdo era completamente diferente do atual. Eram na sua maioria posts de poemas  e pensamentos.  Contudo sinto que o conteúdo  era mais coeso  do que é atualmente. Agora escrevo sobre temas dispersos, escrevo o que me vem a cabeça, o que nem sempre é interessante. 

Sou do tempo em que os blogs tinham mais subscritores do que o Youtube, do tempo em que realmente perdíamos tempo a ler as ideias e as almas alheias. Sinto que atualmente é muito mais fácil ter-se sucesso nas redes sociais se escrevermos sobre moda, do que propriamente escrevermos sobre a vida. Não quero com isto parecer invejosa, ou desistente. Tudo isto se prende ao facto de vivermos numa época mediática de glamour. Atenção eu própria sigo blogs de Moda, e pratico muitas dicas de maquilhagem oferecidas por várias youtubers. Mas deixo aqui apenas este comentário como nota de desabafo, pois sei que muitos de vocês também o sentem. 

Ontem em conversa com um amigo, enquanto fumávamos um cigarro naqueles momentos de silencio confortável, ele perguntou-me “porque é que não voltas a escrever? “ e eu respondi “Nas férias ainda escrevi alguns textos, mas  não sei sobre o que escrever”, ele finaliza “acho que devias escrever algo com principio, meio e fim, um livro. Se quiseres fazemos um  brainstorming.”   Fiquei a pensar nisso desde ontem, mas tenho sempre receio de começar e depois não conseguir desenvolver. E depois surgem aquelas duvidas “como começar? O que escrever? Para quem escrever?.”  Um processo que presumo que seja normal, mas que requer que levemos este projeto a sério. Quanto custa ganharmos coragem para avançar? Só arriscando. A diferença está no tempo que estamos dispostos a dispor para fazer crescer algo em que acreditamos. 

A verdade é que atualmente devido à minha vida profissional não tenho tido muito tempo para me dedicar ao blog. Depois tenho vários interesses, desde fotografia, poesia, gastronomia ou trabalhos manuais. Há todo um leque de assuntos que não tornam a minha escrita coesa. Depois também gosto de observar as pessoas e escrever em tom de ironia certos comportamentos ou estilos de vida  que observo.

Em suma, tenho de me reencontrar primeiro enquanto blogger para poder oferecer um pouco de mim ao mundo.



Nova Casa

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