terça-feira, 14 de março de 2017

Porque é que as pessoas apressam o amor?



Porque é que as pessoas apressam o amor? 

                                          (foto retirada do site www.viajeibonito.com.br/ )


Às vezes dou por mim a pensar porque é que as pessoas têm tanta pressa em casar e ter filhos. Como se fosse uma obrigação social e valêssemos menos por não termos esse status. Não falo de todos os casais, e não coloco, por isso, todos os pares no mesmo saco porque sei que existe uma ordem natural das coisas e circunstâncias que nos levam a isso. 

Quando conhecemos alguém que desperta o nosso interesse é natural que possamos, ainda que de longe, vislumbrar um futuro a dois. Faz sentido, embora sem grandes expetativas ou prazos para que isso possa acontecer. Seriamos hipócritas se não admitíssemos que esse pensamento surge na nossa mente. Mas, lá está é um pensamento, uma ideia, ainda sem linhas definidas e não uma certeza.

É tão bom conhecer outra pessoa, e a cada dia descobrir algo novo. Surpreendermo-nos com essas pequenas descobertas. E sentirmos que temos ainda tanto para aprender e principalmente para partilhar. É ir aos mesmos sítios que sempre fomos mas oferecer novas memórias aquele chão tão conhecido para nós. É querer conhecer mais e mais. É querer viajar com essa pessoa, e mostrar-lhe o mundo com os nossos olhos. É aprender a gostar dos defeitos e manias um do outro. É ter a certeza que nunca te vais aborrecer com essa pessoa, pois seguindo a ordem natural das coisas ele pode ser o tal com quem irás partilhar uma grande parte da tua vida. É saber que a saudade sabe bem, e que é tão bom sentir que ambos usufruem ainda assim da sua individualidade. 

E todo este processo leva tempo, não é contruído em meia dúzia de meses. Ter pressa que o futuro chegue é como envelhecer de um dia para o outro. A fase de conhecimento é na minha opinião a mais importante, é construir os alicerces de uma relação para que ela não caia a qualquer terramoto. Apressar as coisas só estraga, é como construir uma casa sobre areia movediça.  É construir uma relação sem grandes certezas e apostar na sorte para que tudo corra bem, e possas até vir a gostar dos hábitos da outra pessoa.

 Já Mark Twain dizia “Quer conhecer melhor uma pessoa? Viaje com ela”. E este é sem dúvida o mais sábio concelho que alguém nos pode dar. Falo por experiência própria, já perdi uma amizade por perceber como a pessoa realmente era numa viajem. E esta amizade contava com 15 anos de existência. Não há melhor forma de conhecer alguém do que a viajar. Não é um compromisso, e subtilmente ao passarmos 24 horas sobre 24 horas juntos perceberemos muita coisa. Mas quando falo em viajar não falo num fim-de-semana romântico num resort à beira-mar. É preciso palmilhar muitas horas para chegar aquele ponto em que ou te saturas ou queres mais. 

Bem, hoje apeteceu-me falar sobre isto. É a minha opinião. E vale o que vale.

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